A freguesia de Escalhão, situada a 5 km para Norte da sede do concelho, está implantada entre as cotas 600 e 610 metros. Tem por limite Norte o rio Douro; a Nascente o rio Águeda e a freguesia de Mata de Lobos: a Sul a mesma freguesia e a de Figueira de Castelo Rodrigo; e a Poente a freguesia de Vilar de Amargo e a ribeira de Aguiar. As principais vias de acesso que servem Escalhão são a E.N.221 e a E.N.604. Os terrenos agrícolas que envolvem a aldeia encontram-se em maior parte a Nascente. Sendo a maior freguesia do concelho, os terrenos férteis produzem azeite, amêndoa, vinho e cereais.

Segundo uns, o topónimo “Escalhão” derivará do latim “Scalanis”, ou “Scalarius”, classificando “os montes penhascosos que se escalonavam”, referindo-se à configuração geográfica do terreno em escalos, em declive para a confluência dos rios Águeda e Douro. Outros defendem que o termo “Escalhão”, derivará do vocábulo “Secalhão”, referindo-se à aridez que, noutros tempos, caracterizou a região. Mais tarde, o desbravamento de terrenos incultos e a arborização terão contribuído para a fertilização da freguesia.

D.João IV concedeu-lhe foral e levou-a à categoria de vila em 1650, em reconhecimento do heroísmo dos seus habitantes na Guerra da Restauração. Do seu passado davam testemunho os restos de um castelo medieval, ali mandado construir pelo Rei D.Dinis em 1310,sobre as ruínas de um castro lusitano-romano. Nos limites da freguesia existe ainda uma ponte romana (sobre a Ribeira de Aguiar) e troços de calçada da antiga via que vinda de Castelo Rodrigo, seguia para Astorga.

Em 1755, Escalhão pertencia à comarca de Pinhel, passando para a de Trancoso em 1839. A partir de 1878, ficou integrada na freguesia de Figueira de Castelo Rodrigo.

A sua grandiosa Igreja Matriz cuja frontaria e torre de relógio se crê serem sobrevivência da medieval fortaleza, possuí valiosas pinturas murais (sacristia) e riquíssimos altares de talha dourada.

A sua principal actividade é a agricultura e tem como principais produções o azeite, a azeitona de conserva, a amêndoa e o vinho.
O património cultural desta região é invejável, vai desde o património arquitectónico (o popular, o religioso e o tradicional), às tradições etnográficas (romarias, festas e música tradicional), ao artesanato (trabalhos de madeira, latoaria, tecelagem de lã, rendas…) à gastronomia (o cabrito e o borrego assados, os enchidos e a doçaria ,com os tão  afamados “Biscoitos de Escalhão” únicos no país.